sábado, 21 de novembro de 2009


A nossa tempestade interior trás verdades escaldadas pelas quentes lágrimas da dor

Trás também mentiras enfeitadas com doces desejos de um velho sonhador

Talvez você não entenda o que eu digo, talvez você nem mesmo seja meu amigo

O que importa agora?

Se a chuva lava o doce cobertor que enfeita os sonhos

O que resta após a garoa final?

Talvez não passe de um solo batido,

batido pelas fortes pancadas de um coração incontrolável, de um amor imprestável.

Então indago novamente, o que importa agora? O que nos resta agora?

Após a garoa final...



Hoje acordei com saudade

Com vontade

Com desejo

E com emoção

Acordei assim

Meio que diferente

Observando a nua imensidão.

É... eu acordei,

E de olhos fechados observei

A mais pura sensação

Senti vontade

Senti desejo

Senti emoção

E só aí então, despertei.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009




Em alguns meses, dias ou minutos sua vida pode mudar para sempre
Basta ter coragem e seguir em frente
Acreditar que tudo que sempre sonhou é possível
Dizer frases com nexo não basta
Convencer-me da veracidade de suas mentiras não torna os sonhos reais
Siga em frente em respeito a sua felicidade
Não deixe seu pensamento te convencer que tudo isso é impossível
Jogue as mãos para o alto e grite em nome do amor
Lute pelo amor, torne-se merecedor
Toque, beije, acaricie, sinta, respire amor
Viva e morra pelo mesmo amor

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Café com poesia




Uma xícara de café sobre a mesa. O peso do mundo sobre minhas palavras. Tudo o que digo, sempre e sem exceções me atinge. Penso e repenso, mastigando minha própria alma. Acaricio minhas vontades, as faço acreditar que irei tratá-las bem, mesmo quando dizem que não deveria fazer isso.

Na verdade não me importo. Nada me incomoda tanto quanto eu mesma, e tudo me incomoda muito. Pode ser, afinal, que nada faça sentido. O mundo não faz sentido, a vida não faz sentido, o amor não faz sentido, nada faz sentido. Não sei o que nada significa, dizem que nada é ausência de matéria, e por definição, nada já é alguma coisa. Mesmo que seja nada.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009



O Sol tocava minha pele, aquecendo minha alma. O vento batia em meus cabelos ao mesmo tempo que refrescava meus pensamentos. E a água que ia e vinha majestosa e admirável, continha em si uma fúria doce, convidativa, quase hipnotizante. O embalo das ondas lentamente molhava e acariciava meus pés, a maciez da espuma produzida pelos choques entre água e areia confortavam meu coração. O mar, como Sr. do Tempo, por um momento me deixou acalmar. Entre pensamentos, versos e sentimentos continuei a caminhar.
Pegadas na areia ia deixando para trás, mas foi questão de segundos para que as ondas viessem as apagar. Crianças e pais, casais e beijos, amigos e bola, pensamentos e sorrisos, tudo parecia caminhar lado a lado naquele lugar. E eu passava, despercebida e silenciosa: como uma fera sem feridas, ausente de mim mesma. Pensamentos a mil por hora. Frases e versos borbulhando em minha mente, tudo que eu queria era escrever, colocar no papel tudo o que via e sentia.
Caminhei por muito tempo, sem sentido ou razão. Apenas caminhei, querendo encontrar explicação pra tudo o que sentia, querendo entender tudo o que pensava, querendo ser tudo o que sou, sem medo, temor ou desconforto algum. Comecei a caminhar em busca de mim mesma, e não parei.