quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tic-Tac



Tic-tac, tic-tac

O relógio não para

Esse tic e tac são ilusões

Sons perdidos em um tempo

Este qual não pode ser medido

Muito menos por tics e tacs...


Hora de acordar

Hora de almoçar

Hora de trabalhar

Hora de jantar

Hora de tomar banho

Hora de dormir

Aonde se escondeu a hora

De viver?!

Tic-tac perdeu seu compasso

Esqueceu que a vida é feita de laços

Que podem se romper

Sem marcar hora de ser...


Saudade de sentir saudade

De poder esquecer

Aquilo que vivem a me lembrar

Cuidado com o tic tac

A hora não para...

E entre tics e tacs, volto a perguntar

Aonde se escondeu a hora de viver?!

Tic tac, tic tac...

sábado, 21 de novembro de 2009


A nossa tempestade interior trás verdades escaldadas pelas quentes lágrimas da dor

Trás também mentiras enfeitadas com doces desejos de um velho sonhador

Talvez você não entenda o que eu digo, talvez você nem mesmo seja meu amigo

O que importa agora?

Se a chuva lava o doce cobertor que enfeita os sonhos

O que resta após a garoa final?

Talvez não passe de um solo batido,

batido pelas fortes pancadas de um coração incontrolável, de um amor imprestável.

Então indago novamente, o que importa agora? O que nos resta agora?

Após a garoa final...



Hoje acordei com saudade

Com vontade

Com desejo

E com emoção

Acordei assim

Meio que diferente

Observando a nua imensidão.

É... eu acordei,

E de olhos fechados observei

A mais pura sensação

Senti vontade

Senti desejo

Senti emoção

E só aí então, despertei.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009




Em alguns meses, dias ou minutos sua vida pode mudar para sempre
Basta ter coragem e seguir em frente
Acreditar que tudo que sempre sonhou é possível
Dizer frases com nexo não basta
Convencer-me da veracidade de suas mentiras não torna os sonhos reais
Siga em frente em respeito a sua felicidade
Não deixe seu pensamento te convencer que tudo isso é impossível
Jogue as mãos para o alto e grite em nome do amor
Lute pelo amor, torne-se merecedor
Toque, beije, acaricie, sinta, respire amor
Viva e morra pelo mesmo amor

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Café com poesia




Uma xícara de café sobre a mesa. O peso do mundo sobre minhas palavras. Tudo o que digo, sempre e sem exceções me atinge. Penso e repenso, mastigando minha própria alma. Acaricio minhas vontades, as faço acreditar que irei tratá-las bem, mesmo quando dizem que não deveria fazer isso.

Na verdade não me importo. Nada me incomoda tanto quanto eu mesma, e tudo me incomoda muito. Pode ser, afinal, que nada faça sentido. O mundo não faz sentido, a vida não faz sentido, o amor não faz sentido, nada faz sentido. Não sei o que nada significa, dizem que nada é ausência de matéria, e por definição, nada já é alguma coisa. Mesmo que seja nada.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009



O Sol tocava minha pele, aquecendo minha alma. O vento batia em meus cabelos ao mesmo tempo que refrescava meus pensamentos. E a água que ia e vinha majestosa e admirável, continha em si uma fúria doce, convidativa, quase hipnotizante. O embalo das ondas lentamente molhava e acariciava meus pés, a maciez da espuma produzida pelos choques entre água e areia confortavam meu coração. O mar, como Sr. do Tempo, por um momento me deixou acalmar. Entre pensamentos, versos e sentimentos continuei a caminhar.
Pegadas na areia ia deixando para trás, mas foi questão de segundos para que as ondas viessem as apagar. Crianças e pais, casais e beijos, amigos e bola, pensamentos e sorrisos, tudo parecia caminhar lado a lado naquele lugar. E eu passava, despercebida e silenciosa: como uma fera sem feridas, ausente de mim mesma. Pensamentos a mil por hora. Frases e versos borbulhando em minha mente, tudo que eu queria era escrever, colocar no papel tudo o que via e sentia.
Caminhei por muito tempo, sem sentido ou razão. Apenas caminhei, querendo encontrar explicação pra tudo o que sentia, querendo entender tudo o que pensava, querendo ser tudo o que sou, sem medo, temor ou desconforto algum. Comecei a caminhar em busca de mim mesma, e não parei.

domingo, 4 de outubro de 2009

“Tentei chorar mas não consegui” (Renato Russo)

Me embriaguei com uma dose de Martini da saudade e Whisky da incerteza. Fiz muitas coisas e não me arrependo. Me arrependeria não tê-las feito.

Acredito na vida mas tenho medo das pessoas. O mundo anda tão complicado, e estamos sempre preocupados em não simplificar as coisas. Gostamos do estresse, clamamos pelo caos, e louvamos a vida moderna.

E que comece a nova Idade Média (salve, salve Cazuza). O passado está presente no futuro, cada vez mais forte e mais fatal.

Economizem água, não joguem lixo no chão, andem a pé ou de bicicleta, plantem uma árvore, trabalhem, estudem, trabalhem, estudem, trabalhem, estudem... como um relógio definhando para a eternidade, repetindo sempre o mesmo tic-tac, hora de viver, hora de morrer, hora de tornar-se eterno, hora de servir aos vermes.


De vermes para vermes, eternamente.

sábado, 19 de setembro de 2009

Hoje tentei escrever sobre muita coisa de vários jeitos, mas parece que nada quer se deixar sair. Sim, se deixar sair, porque tenho em mim vida própria. Faço das palavras minha senhora, a quem confio todos os meus segredos. E quando desconfio de mim mesma, é a minha Sra. que recorro, pedindo que guarde mais um segredo entre tantas linhas.


Podem dizer que sou maluca, gosto da loucura por manter-me longe dessa realidade: onde matar animais tornou-se festa; Matar o irmão é briga familiar; Matar o pai é sinal de distúrbio mental, e matar a si mesmo é ser normal. Talvez não entenda aonde quero chegar, e me surpreenderia que entendesse. Se até agora nem eu mesma compreendi, porque é que você haveria de entender?


Dizem que eu me contradigo, falo e depois discordo das coisas que disse. E talvez até tenham razão... Vivo em uma constante transformação. E gosto do que escrevo, apesar de não saber nem a metade do que digo. Sou meu reflexo em um espelho quebrado. Me constituo de vários pedaços e nunca estou completa.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Inconstante

Me encara com olhares de sedução

Me atenta, desorienta, faz perder a razão

Diz que sou seu amor

Que tenho a maturidade de uma mulher 

E crises de uma adolescente 

Mas que raios o parta 

Sou inconstante 

Menina mulher, namorada ou amante 

Posso ser assim ou não ser 

Não posso querer quando não desejo 

Preciso de tudo ao mesmo tempo 

Inconstante demais pra você

Pulsando





Quando penso em escrever eu não apenas penso, eu pulso junto ao meu próprio pensamento.
Pulso incansavelmente, até encontrar as palavras certas para dizer o impossível. Pulso incansavelmente, até abrir meus olhos diante da escuridão. Pulso incansavelmente, até acreditar no inacreditável. Pulso incansavelmente, até não ter mais o que pensar. Até não ter mais o que pulsar. E não me diga que o amor não existe, não posso parar de respirar.