sexta-feira, 17 de junho de 2011



E a noite lá fora parece escura. O ar que entra pela janela refresca meu corpo... mas não a minha alma, nunca ela. Tudo dentro de mim está sempre fervendo, em ebulição. E me pergunto a todo momento até onde vou agüentar... até onde vou precisar seguir desse jeito: as cegas. Sem compreender muita coisa, mas desejando ardentemente entender quem sou e o que vim fazer aqui. 

Cada vez mais a certeza torna-se distante. Todos me dizem que é preciso trabalhar, ter segurança, manter-me acomodada. E por Deus, como é difícil. Como eu quero me livrar disso tudo e seguir a mensagem do universo. Como eu gostaria de compreender meu destino, a minha sina, e segui-la sem medo.

Por Deus, como eu queria ver aquele velho amigo e conversar horas a fio. Como eu queria caminhar sozinha a noite com meus pensamentos. Como eu queria abandonar tudo isso para passar alguns dias distante, ocupada apenas de mim mesma. E que me intitulem de egoísta, mas não estou pronta para dar a minha vida a uma causa que não a merece. 

Como eu queria ser livre.