sábado, 27 de março de 2010



As vezes as coisas parecem ficar mais claras, e eu sinto que tudo pode ser explicado, que tudo pode ser compreendido. E essa certeza de futuro vem e vai, confortavelmente e desesperadamente rápida demais para ser agarrada.

Passo a pensar mais, sempre mais – nunca menos. Tenho para mim muitas poucas certezas: uma delas é que depois de darmos um passo a frente, jamais poderemos voltar a nossa forma anterior ao avanço.

Pensar é como uma droga, você quer sempre mais, em maior quantidade e forte o bastante para te deixar extasiado, para depois vir a perturbação, o tempo de “desintoxicação” - como se isso fosse possível no vício de pensar.

A mente não aceita voltar ao seu tamanho inicial. Já vimos, pensamos e vivemos demais para acreditar naquelas idéias primitivas que nos foram repassadas. E as coisas mudam muito o tempo todo. Em meio a tantas conturbações ainda nos exigem bases sólidas de comportamento e moral. E quem nunca soube ser mestre de si mesmo, passa a acreditar que pode ser mestre dos outros. Quando na verdade nada sabem de si mesmos.