sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Tempo (...)

Agora, não "espere ai!"
Não desperdice o minuto
Nada dura para sempre
Apenas o céu e a terra..

Isso vai embora
E todo o seu dinheiro
Não comprará outro minuto
Poeira no vento
Tudo que somos é poeira no vento”

(Dust In The Wind - Kansas)



 

Creio que existem muitas coisas engraçadas, irônicas até, que muitos olhos não podem ver. Chega a ser hilário como as coisas acontecem, como o universo conspira e tece a teia do presente, com longos fios amarrados ao passado e outros, maiores ainda, aguardando pelo futuro.

Me disseram que as pessoas das cidades grandes andam sempre com pressa porque querem dormir uns minutos a mais, brincar com os filhos um tempo a mais, terminar as tarefas do dia para poderem dormir sem preocupações. Fico pensando qual o valor monetário que as pessoas dariam a uma hora de sua vida. Não acredito que alguma delas dirá fielmente que R$30,00 é um bom pagamento.

Diante disso, ainda não compreendo como vendemos nossas vidas a empresas aonde nem gostaríamos de estar. Como aceitamos promoções para termos mais dinheiro quando o que realmente precisamos é de tempo, de amigos, da família, de nos distrair, ir ao teatro, ler um livro, ver uma dança, caminhar sem pensar em nada. Ser sem necessariamente existir. Ser sem necessidade alguma de ter.

Existem muitas coisas que ainda não entendo, algumas tem sua lógica, mas para mim continuam não fazendo sentido. É como colocar uma pena no prato de uma balança e uma pedra no outro, e jurar que a pena é mais pesada. Não porque seja, mas porque desde que chegamos aqui é isso que nos dizem.

“E de pensar nisso tudo, eu, homem feito, tive medo e não consegui dormir”  (Renato Russo)

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